Arquitetura Naval

28/06/2013 00:31

Arquitetura Naval1 Sistemas construtivosO sistema construtivo, bem como as características das embarcações, se baseiam sobre alguns elementos ambientais como: Localização Geográfica, Atividades Econômicas, Proximidades com rotas comerciais, Condições Climáticas, Materiais e Tecnologias disponíveis.Como referencia histórica e arquitetônica deste trabalho, partiremos das atividades dos Fenícios em um período anterior ao século XVII nas costas Meridional e Ocidental da Península Ibérica, a influencia técnica dos árabes. As traças e técnicas da construção naval mediterrânea permaneceu entre povos ao longo da costa moçárabes.Neste cenário surgiu um tipo de mão-de-obra especializada tanto no projeto quanto na construção de embarcações. No século XII, os genoveses e pisanos deram um foco especial a esta força de trabalho e conduziram atividades de nível industrial em estaleiros da Galiza. No século XVII os estaleiros portugueses passam a ter influencia de construtores franceses e ingleses.Hoje parece difícil de imaginar que Portugal nesta época possuía e se contentava com uma esquadra de apenas três galés (época de D. Dinís).Este histórico europeu mantém por um bom tempo traçados baseados na arquitetura grega. Principalmente no norte da Europa os partidos arquitetônicos passam a focar as figuras geométricas do triângulo equilátero e polígonos dele derivados, já na Itália e Portugal este traçado se baseia no pentágono e no quadrado, uma combinação que por vezes usa o hexágono. A harmonia destes traçados arquitetônicos permitiam a flexibilidade na tomada de decisão das proporções de acordo com as atividades a que a nave se destinava.Em Portugal a transformação tecnológica na arquitetura naval no século XV, é marcada pelo aparecimento da CARAVELA. Este invento chegou em um momento oportuno, quando a questão econômica de Portugal singrou para algumas atitudes que livraram Portugal e D. Manuel dos financiadores estrangeiros. Esta condição garantiu ao lusitano se servir da condição de ser o único país cristão que passou a construir navios as custas da coroa, sem acréscimo de imposto a população. Esta é uma conta que logo se pagou com os ricos rendimentos do comércio com o Oriente.Este tipo de investimento no sistema de transporte do país, fez Portugal melhorar seu desempenho tecnológico e surgem três novos tipos de embarcações o que possibilita um singelo domínio do Atlântico próximo.A especialização na técnica faz surgir embarcações preparadas para cenários e rotas diferentes. Não há como saber, mas entre 1433 e 1445 surge uma nova arquitetura entre as caravelas, a qual substitui com eficiência a barca, o barinel e o bergantim nas viagens (rotas) na costa da África. Logo após o retorno de Vasco da Gama na carreira das índias, a marinha portuguesa verificou seus resultados históricos, traçou suas metas e efetuou uma analise crítica das melhorias técnicas necessárias para aumentar a eficiência as rotas que pretendia atuar. Como resultado, no século XVI, a arquitetura naval portuguesa criou dois novos projetos, a Grande Nau de Comércio e o Galeão de alto bordo, dito por alguns como primeiro navio para guerras em alto-mar. Esta postura arquitetônica foi seguida no século posterior pela Inglaterra e pela Holanda.Com o surgimento de piratas, estes equipamentos de guerra tinham que evoluir. No século XIII, surge uma nova Caravela que era um segredo de Estado.